Sobre os Fundadores

Sobre

Mansueto Barbosa

O compromisso social, a coragem e a doação de um homem. Em 20 de Fevereiro de 1938, no Ceará, na cidade de Quixeramobim, nascia o menino Francisco de Paula Barbosa – que ficaria conhecido como Mansueto Barbosa. Ficou órfão de pai aos sete anos de idade, migrou para Fortaleza, onde se formou em Contabilidade pela Escola Técnica Federal do Comércio, e em Direito pela Universidade Federal do Ceará; cursou pós-graduação em Administração pela Escola de Administração do Ceará. Em 1962 iniciou sua trajetória nas comunicações, quando a convite do empresário Edson Queiroz passou a dirigir a Rádio Verdes Mares, assumindo posteriormente a direção da Televisão Verdes Mares. Foi figura imprescindível na consolidação do Sistema Verdes Mares de Comunicação.

Uma esperança, um sonho – educar pela música. Além do sucesso na direção de um dos mais importantes empreendimentos de comunicação do estado do Ceará, a vida lhe reservara outra missão. Num gesto de solidariedade, coragem e esperança, em 1993, Mansueto Barbosa funda a Casa de Vovó Dedé. OSC, sem fins lucrativos que promove assistência a crianças, adolescentes e idosos carentes. Se a ideia foi modesta no propósito, a obra se fez e se faz eterna no coração de centenas de crianças e jovens.

Tinha como missão acolher sem restrição, educar com seriedade, ensinar sem preconceito. Acreditar no outro e em si mesmo, restaurar a esperança. Buscar a excelência na simplicidade das coisas. Educar pela Arte e para a vida. Ensinar a amar o que se tem, o que se é, o que se faz. Ensinar a saber querer ser mais. Na última palestra que proferiu em um evento na Casa, ao concluir sua fala, ele fez um gesto com a mão, indicou quatro dedos da mão direita e disse: “A palavra é simples, pequenina, formada por quatro letras AMOR”.

Sobre

Regina Barbosa

De voz mansa e olhar cativante, a professora e fundadora da Casa de Vovó Dedé dedicou boa parte de sua vida para proporcionar – sem buscar retorno algum – qualificação, carinho e atenção a crianças e jovens carentes da periferia de Fortaleza, pelo simples fato de acreditar que sua história de vida neste mundo deve ser escrita dessa maneira.

Natural de São Luiz (MA), Regina veio para Fortaleza ainda criança. Aos 15 anos conheceu Mansueto Barbosa, com quem se casou e teve quatro filhos. Em 1993, ao lado do seu falecido marido, fundou a Casa de Vovó Dedé, instituição sem fins lucrativos localizada na Barra do Ceará.

“Desde criança tinha essa inclinação, essa vontade de ajudar. Achava que a gente tinha que escrever uma história e eu queria que a minha história fosse assim. Cedo mesmo comecei meus trabalhos sociais, ensinando crianças sem cobrar, nas periferias. Nunca tive vontade de viajar, passear, ir a festas, inclusive isso contrariava muitas vezes meus familiares”, confidencia D. Regina.

No início o projeto era voltado apenas para educação de crianças não escolarizadas. “Quando eu vim aqui me impressionei com a necessidade. Nós tínhamos esse terreno e pensávamos em vender, foi quando meu filho Wagner teve a ideia da gente construir uma escolinha para crianças”.

“Quando o Mansueto faleceu eu fiquei com a estrutura da escola. Com dois dias que ele tinha falecido eu trouxe meu piano, e comecei a dar aula e fiquei 12 anos sozinha. Comecei com uma criança e de repente eu tinha 40, 50… crianças, ai fui comprar mais instrumentos e fui abrindo as oficinas”. Mesmo conseguindo atender uma quantidade grande de pessoas com a instituição, dona Regina sonha com o dia em que iniciativas do tipo possam se tornar corriqueiras em todas as partes da cidade.

Por sua dedicação ao trabalho social e os resultados obtidos durante todos os anos em que Dona Regina Barbosa desenvolveu na Casa de Vovó Dedé, em 2019 ela recebeu a maior honraria dada pelo Estado do Ceará a uma personalidade, a medalha da Abolição que ela recebera das mãos do então governador Camilo Santana.